Pelo que tenho observado, esta é a questão de muitas pessoas. Sempre perguntam se é arriscado comprar um carro já com GNV, e também junto vem a dúvida se GNV estraga o carro. Para ajudar na decisão, venho dar algumas dicas de como proceder caso você queira comprar um carro com kit GNV já instalado.
Todos sabemos que o GNV representa economia de dinheiro para quem utiliza bastante o carro, principalmente no dia-a-dia. Entretanto, adquirir um kit GNV não é barato. Temos um valor médio de 4 mil reais para um kit GNV de 5ª geração, com cilindro de 16m³ (eu disse valor médio, ok?), e mais o valor da homologação no Inmetro (mais de 200 reais) e também o DUDA e vistoria para mudança de características no Detran (na data de hoje, aqui no Rio de Janeiro, está R$ 150,34). Não esquecer também de substituir as molas traseiras por outras próprias para kit GNV, o que deve sair por uns 400 reais ou mais com mão-de-obra.
Então surge a ideia de adquirir um veículo já com kit GNV instalado. Mas o receio de pegar um carro com vários problemas, principalmente ligados a motor, faz com que os compradores fujam destes modelos já convertidos. Alguns dizem que GNV trinca o cabeçote, queima a junta, e outras coisas mais. Porém, o que há de realidade e mito nesses boatos?
A primeira coisa que devemos entender é que quando alguém compra um carro e instala um kit GNV está pensando em economizar dinheiro. Seguindo nessa lógica, infelizmente alguns proprietários não vão somente economizar dinheiro com combustível, mas também na manutenção do carro. A maioria sabe que carros com GNV requerem manutenção preventiva com maior frequência, pois para a queima do gás natural é mais sensível a equipamentos com desgaste. Ou seja, velas desgastadas, assim como cabos de vela com mal contato, ou filtros de ar muito sujos podem fazer o motor falhar mais rápido do que no combustível líquido.
Então grande parte da má fama dos carros com GNV é culpa dos donos que não providenciam a manutenção (tanto preventiva como corretiva) em dia. Mas como comprar um carro com GNV sem correr o risco de pegar uma dor de cabeça futura?
A primeira coisa que você deve ter em mente é que carros com GNV possuem naturalmente uma quilometragem maior que os com combustível líquido somente. Isso por si só não diz muita coisa. Mas um carro com alta quilometragem que rodou só em percurso urbano (engarrafamentos, sinais, lombadas, etc) com certeza possui um desgaste maior do que outro que rodou a maior parte em estradas. Por isso, saber o histórico e procedência do carro já ajuda muito na hora da compra.
Mas se você não sabe a procedência e história do carro, e a agência vem com aquele papo que o carro é “único dono”, “foi de mulher”, “era de um senhor de idade”, cabe levar um mecânico para analisar os seguintes itens (claro, com a permissão do proprietário):
- desgaste das velas e cabos de vela;
- estado do líquido de arrefecimento do radiador;
- estado do óleo lubrificante (se estiver novo, pode ser que foi substituído a pouco tempo para esconder algo);
- memória da central de injeção (através de um scanner profissional);
- gases emitidos pelo escapamento (procurar por sinais de fumaça preta e azul, ou por vapor de água de cor branca), geralmente o escapamento fica muito sujo na ponta quando há emissão de fumaças.
- estado das luzes do painel (ao girar a chave, as luzes de injeção eletrônica, Air-Bag e ABS devem acender, e depois de alguns segundos, apagar);
- estado dos componentes da suspensão;
- estado dos componentes do kit GNV (fazer uma inspeção visual em todos os componentes do kit para verificar se foram corretamente instalados e se estão em bom estado de conservação);
- procurar por indícios que indique uma retirada do cabeçote para retífica e troca de junta;
- verificar se o carro funciona perfeitamente no combustível líquido (geralmente, nos carros flex, só pode rodar em apenas um dos combustíveis, preferencialmente etanol);
- dirigir o carro, tanto no GNV quanto no combustível líquido, e avaliar se o mesmo está com desempenho satisfatório de acordo com a potência do mesmo (carros com problemas de junta de cabeçote e anéis de compressão poderão apresentar falhas, ou perda de potência acentuada).
É possível, sim, comprar um carro com kit GNV em bom estado de funcionamento, porém é mais difícil. O GNV, se usado corretamente, não vai estragar o motor do carro. A questão a saber é, será que o veículo foi usado adequadamente?
E mais uma dica, nunca compre um carro com GNV que esteja com problemas na documentação do kit. Toda a documentação deve estar ok (cópia das notas fiscais, já que geralmente as primeiras vias ficam com o Detran), certificado do cilindro e do redutor, certificado de inspeção veicular e certificado de segurança veicular dentro da data de validade.
Fiz o motor do carro faz 4 meses e ele voltou a dar o mesmo problema d colocar o olé pra fora tenho um grand Siena 1.0 e acho que o problema é que é muito fraco
Boa noite.
Cheguei ao Vosso espaço na internet, na procura de uma solução para um problema invulgar e de todos os vídeos que já vi atentamente, acredito que o vosso, postado no youtube (https://www.youtube.com/watch?v=NlJnIUC0MiU&feature=emb_logo) é o mais próximo da solução que procuro.
Desta forma gostaria de saber se me poderão informar objetivamente ou também sugerir uma possível solução. O meu carro é uma Scénic com caixa DP0 e o problema que demonstro com vídeo consiste na chave seletora que reconhece as posições da alavanca, mas se der partida no motor, as referências de posição ficam todas incorretas, dá trancos a mudar todas as velocidades e entra em modo de emergência. Deixo link de vídeo demonstrativo que gravei (https://www.youtube.com/watch?v=SuOTW6M1t_I). Mostro-me obviamente disponível para o pagamento de qualquer honorário que possam pedir pela informação que pretendo.
Certo da Vossa melhor atenção, envio os melhores cumprimentos,
Amadeu Moreira